Plantas para Uso em Restauração Ecológica / Reflorestamento
Cerca de metade do viveiro do ACRAA é dedicado à produção de árvores/plantas para uso em restauração ecológica e reflorestamento. Aqui são seguidas diretrizes rígidas quanto ao uso apenas de espécies nativas encontradas ou conhecidas por serem adequadas ao local onde serão plantadas.
Para isso, desenvolvemos um sistema de numeração de lotes de sementes e registro e rastreamento de sementes. Isso agora está sendo gerenciado por um Engenheiro Florestal Brasileiro – Waldeir – que começou conosco em março de 2022. Veja a biografia de Waldeir aqui.
De acordo com este sistema, as árvores/plantas são numeradas/divididas em três categorias usando os prefixos P, F ou I da seguinte forma:
P = “Árvores da Praia”. São árvores/plantas nativas da “zona de inundação” às margens do rio Tapajós [1].
F = “Árvores da Floresta”. São árvores/plantas nativas de áreas florestais de terra firme na área de Alter do Chão.
I = São árvores/plantas vistas crescendo em zonas ribeirinhas de “Igarapés” na região (Igarapés são pequenos córregos florestais e nascentes naturais).
Um lote de mudas consiste em sementes coletadas de uma única árvore-mãe, ou árvores agrupadas de todas as mesmas espécies em uma área específica – e coletadas em uma data específica ou durante um período específico. As fotos são tiradas da(s) árvore(s) mãe(s) em cada sementeira, e uma descrição é fornecida juntamente com as coordenadas GPS. Além de ser exigido pela regulamentação florestal brasileira (semelhante à regulamentação do Canadá), esse sistema nos permitirá voltar à(s) árvore(s) mãe(s) e determinar o nome em latim para cada uma das espécies que estamos propagando – ainda pendente [ 2].
Nosso estoque atual de plantas de restauração é composto por mudas em vasos de cinco espécies de árvores das praias de Alter e sementes de outras oito espécies que estão atualmente em processo de propagação (em canteiros de germinação). As fotos 1 a 4 mostram quatro de nossas “Árvores da Praia”.
[1] A “zona de inundação” das praias fluviais locais é aquela área sazonalmente inundada devido às flutuações anuais do nível do rio.
[2] Atualmente, além do número de espécie designado (por exemplo, P1, P2 ou F1, F2 ect.), o nome comum usado localmente é atribuído a cada espécie onde este é conhecido. Waldeir está trabalhando na digitação do nome em latim para cada espécie agora, embora para algumas espécies possa ser necessária perícia especializada.